Sob o comando de Otávio Mesquita, a Band lançou em 2006 o reality show “Jogo da sedução”. Pelo telefone ou internet, o público escolheu a musa do programa. Na disputa estavam seis candidatas, de 19 a 27 anos. Elas ficaram confinadas num spa próximo a São Paulo.

Neste reality show a principal plataforma era a internet, algo muito inovador para a época. Os reality shows hoje em dia tem uma interface com a internet cada vez maior, são os internautas que participam, mandam mensagens via Twitter e as vezes chegam a participar do reality em provas. Este foi o aspecto positivo deste programa, que apesar de ter colocado a mulher como objeto, algo que não é novo, trouxe essa tendência de interatividade.

O trabalho como psicóloga constou de encontros presenciais durante o tempo de confinamento em que cada um dos participantes pode contar as suas experiências e alguns chegaram a fazer o processo terapêutico. Algumas mulheres, que as vezes estão nessa posição de objeto sexual para o deleite dos demais, são pessoas marcadas por sua história de vida e sofreram abuso sexual na infância. O que na realidade foi tratado pela Psicologia da Fama, foram as questões do real, que essas pessoas viveram em outras circunstâncias e que as levou a na idade adulta a se expor a condições de trabalho que davam continuidade e repetiam as situações de violência sofridas anteriormente.